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O Fabregas no Arsenal era aquele miúdo que apareceu num desses concursos de televisão sobre talentos musicais, em que mal subiu ao palco e começou a cantar os primeiros versos deixou toda a gente sem palavras. Uma voz fina, elegante quase angelical fazia as delícias das velhas que se dispõem a gastar dinheiro na votação por telefone. E não estavam sozinhas: o público aplaudia, e o júri certificava: grande futuro! E o menino deixou o produtor amigo dos pais para se dedicar a voos maiores. Mudou de cidade, foi competir com outros miúdos. Mas aí o encanto já não era o mesmo. Aquela voz já não era única, e no meio dos outros já tinha dificuldade em sobressair. Voltou à cidade que o viu crescer, mas o produtor antigo, talvez magoado, talvez adivinhando, já nem fez um esforço para voltar a contar com aquela voz no portfólio. Voltou à cidade mas foi cantar para outros. Até começou bem, mas o menino havia crescido, a voz ficou mais grossa, e o anjo embruteceu. Fabregas perdeu o encanto enquanto cantando. Agora só nos dá música...
Eis Cesc Fabregas, o Macaulay Culkin do futebol.