terça-feira, 29 de março de 2016

o programa do Jô Soares, filho do Mário

Como a malta anda entretida com várias coisas e o que é importante é cada vez mais relativo, há assuntos que nos vão passando ao lado porque não passam de episódios pequenos que nem grãos de areia que apesar de darmos conta não lhes damos a devida importância. Quando nos apercebemos da frequência de grãos de areia que nos atingem lá paramos um momentinho e quando damos por ela a acumulação de tanta coisa já fez uma praia.

O João Soares é uma personagem da nossa vida quotidiana, obviamente por ser filho do pai, facto que por si só não o distingue de todos nós, filhos de pais, sendo que a diferença reside no pai, Mário, salvador do céu e da terra portuguesa, e de todas as coisas visíveis e invisíveis que vêm de África como dentes de marfim.

Ora, o João, não lhe querendo tirar o mérito por ocupar os cargos que ocupou na pública vida nacional, escolho não lho dar porque, talvez injustamente, atribuo o seu sucesso ao sucesso do pai, que também não sei de onde vem, mas há um livro chamado Contos Proibidos escrito por Rui Mateus que explica muita coisa.

Voltando aos grãos de areia, aqui há tempos foi notícia que o filho do João, portanto neto do Mário, e que por acaso também se chama Mário, foi nomeado para um qualquer cargo na câmara de Lisboa extremamente bem remunerado e que se respalda na experiência de um indivíduo que tem 30 anos, e que diz o Observador vai ganhar 68.600 euros por 2 anos de contrato.

A seguir, o João, filho e pai de Mários, saneou, alegadamente à má fila, o presidente do centro cultural de belém, CCB, desde 2014. João, qual imperador, chegou, viu, e demitiu, segundo o Observador baseando a argumentação  pelo ” “dinheiro à fartazana” que foi gasto a propósito do eixo Belém-Ajuda, sem que a Câmara Municipal de Lisboa tivesse sido ouvida. ” ao que o presidente do CCB António Lamas retorquiu com mais ou menos um  "ouviu sim!". Um dos dois deve estar a mentir e cada um é livre de tomar partido por quem quer que seja mas diz que o António Lamas foi presidente de uma coisa parecida em Sintra e revolucionou as receitas daquilo para muito.

E aqui parei, olhei em volta e já estava na praia. Não é que o filho do Mário, pai do Mário, faz uma pausa na sua preenchida agenda para ir à apresentação do livro de um presidiário, condenado pela justiça e que clama por inocência a quem o quer ouvir, e agora ler. Já o pai da sagrada famiglia tinha ido visitar outro presidiário a Évora. O mesmo presidiário que é agora implicado pelo presidiário Carlos Cruz na compra de votos para albergar no país o Euro 2004. Se calhar o Carlos Santos Silva conhecia o Lennart Johansson ou assim.


Aparentemente o reinado de João ainda agora começou e já são tantas trapalhadas que parece que não vai ficar por aqui. O programa do gordo Jô vai acabar. O do nosso Jô nem devia era ter começado.

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