quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aimar - a despedida de mais um Dez

Confesso que não vou à Luz muitas vezes e a razão é só uma: fica muito caro para o meu bolso. Mas de vez em quando lá vou eu e os meus camaradas de blog, Kaz Patafta e tchicoesperto. Há uns anos, o Benfica tinha perdido tudo e a vontade para a peregrinação à luz desvanecia mas caramba, era a despedida do Rui Costa. E lá fomos nós, noite mal dormida, horas de viagem but we did it! Ainda hoje temos a convicção que aquele aplauso para a bancada depois do discurso da despedida foi para nós. Foi uma época para esquecer, mas o Benfica contava com um jogador de classe mundial, o grande Maestro, que viria a despedir-se dos relvados sem um único titulo e nós estávamos lá.

Passados estes anos todos, aqui a malta do blog reúne-se outra vez para uma ida à Catedral. O Benfica jogava contra o Estoril e naquela altura, mal sabíamos nós que a época seria para esquecer também. E foi daquela mesma bancada de onde nos tínhamos despedido do Maestro que, num estado de desolação e incredulidade pelo que acontecia no relvado olhávamos para o banco do Benfica. Aimar já lá não estava, tinha ido aquecer mas nunca chegou a entrar. Ainda hoje julgamos que ele olhou para nós entre dois alongamentos para partilhar a desilusão. 

Não deixa de ser curioso as semelhanças da história: o grande 10 Rui Costa despediu-se numa época sem ganhar um único título, foi buscar o seu sucessor, o grande 10 Aimar, que se despediu numa época sem ganhar um único título. 

Quando fomos à Luz na época da despedida do Rui Costa, vimo-lo jogar a espalhar classe uma última vez. Quando fomos à Luz na época da despedida do Aimar, vimo-lo a fazer o aquecimento. Mas macacos me mordam, se não foi o aquecimento com mais classe que a Luz já viu.

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