O clima está mesmo a mudar: antigamente era de Espanha que não vinha bom vento.
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quarta-feira, 21 de agosto de 2013
segunda-feira, 15 de junho de 2009
A confirmação
Apesar do ar inofensivo, vacas, búfalos ou camelos são das maiores ameaças para o ambiente. A produção de carne e as emissões de gases destes animais contribuem em 18% para o aumento do aquecimento global. Mais do que o sector dos transportes (13,5%). A solução passa por mudar a alimentação do gado, mas também a nossa, reduzindo o consumo de carne.
Está a pensar trocar o seu automóvel por um carro de bois para ajudar o ambiente? Esqueça. As vacas são das maiores responsáveis por emissões de gases poluentes para a atmosfera. Ao todo, o sector da criação de gado é o culpado por de 18% das emissões, bem mais do que o dos transportes, responsável por "apenas" 13,5% desta ameaça ao ambiente.
A culpa é do sistema digestivo de ruminantes como as vaca, ovelhas, búfalos ou camelos, mas também de animais como o porco, que funciona como uma pequena fábrica de metano, um gás 20 vezes mais prejudicial para o ambiente do que o dióxido de carbono emitido pelos meios de transporte, que é enviado para a atmosfera pelo estrume e flatulência.
Só estes animais produzem 9% das emissões enviadas para a atmosfera. Os outros 9% vêm dos processos necessários à produção - alterações dos terrenos para uso como pastagens, criação de gado, transporte dos animais e da carne para os talhos.
Para combater o problema dos gases do gado, cientistas por todo o mundo tentam descobrir maneiras de "suavizar" a digestão destes animais.
Desde Janeiro que as vacas de 15 quintas em Vermont, Estados Unidos, têm sido postas à prova com a introdução de uma nova dieta. Em vez das habituais refeições compostas de milho e soja, é-lhes dado alfafa, sementes de linhaça e trevos. Os dados recolhidos até ao mês passado mostram que os níveis de metano enviados para a atmosfera desceram 18%, enquanto a produção de leite se manteve.
A nova dieta é de facto a responsável por esta descida das emissões poluentes: os alimentos dados às vacas são mais fáceis de mastigar e digerir, o que faz com que os animais engulam menos ar ao comer.
Guy Chornier, produtor de iogurtes, notou que as vacas da herdade estão "mais saudáveis", com o "couro mais brilhante e o hálito mais suave". "Suavizar" o hálito das vacas é algo urgente, dizem os cientistas climáticos. As vacas têm no estômago uma bactéria que faz com que arrotem metano, e alguns estudos indicam que cada animal expele uma média de 500 litros deste gás para a atmosfera por ano.
Fazendo uma conta rápida: em Portugal existe um milhão e meio de cabeças de gado.
Se cada vaca envia para a atmosfera 500 litros de metano, temos 750 milhões de litros deste gás na atmosfera todos os anos apenas devido ao gado bovino existente.
Agora é fazer as contas a países como o Brasil (189 milhões de cabeças de gado), Índia (187 milhões) e China (110 milhões), isto referindo apenas os três países com mais gado bovino.
Estes valores são apenas metade dos produzidos pela indústria da carne. Um relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) adiciona ainda os gases emitidos durante esta produção.
Para ter uma ideia, para se conseguir um quilo de carne polui-se tanto como conduzir um automóvel citadino durante 250 quilómetros e produz energia suficiente para acender uma lâmpada de 100 watts durante 20 dias.
Esperando-se que a produção de leite e carne duplique nos próximos 30 anos, as Nações Unidas consideram a criação de gado uma das mais sérias ameaças para o clima.
Nos Estados Unidos, a ameaça foi levada muito a sério e já começou o programa "vaca do futuro", que procura reduzir um quarto do total das emissões da indústria da carne até ao fim da próxima década.
Os cientistas estão a tentar de tudo para resolver este problema: começando pela genética - investigando vacas que emitem naturalmente menos metano - até fazer alterações nas próprias bactérias produtoras do gás.
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sábado, 11 de abril de 2009
Alterações climáticas

Toda a gente já ouviu falar do problema das alterações climáticas. Diz que há um buraco na camada de ozono por causa da poluição, depois há os gases com efeito de estufa, depois são as calotes polares que vão derreter, depois são os ursos que deixam de ter onde viver, depois é o nível de agua que vai subir, depois ouve-se falar em Quioto, depois são os filmes do Al Gore e o Day After Tomorrow, depois são as estações do ano que passam a ser só duas em vez das quatro.
Tudo isto existe, tudo isto é triste…mas tudo isto não interessa nem à minhoca da couve, porque ninguém sente os efeitos disso. Pelo menos até ontem. Ontem podemos todos assistir a um fenómeno que nos pode pôr a todos a pensar com preocupação pelo futuro. E porquê?
Porque ontem, precisamente ontem, deu o Sozinho Em Casa na televisão generalista. E como toda a gente sabe, o Sozinho em Casa é um filme que dá na televisão precisamente na época natalícia. Ora bem…estamos na Páscoa. Isto é um prenúncio.
Continuem a usar laca no o cabelo e a deitar as pilhas para o chão que qualquer dia começamos a ver andorinhas em Janeiro e a ter neve em Beja em Agosto.
Tudo isto existe, tudo isto é triste…mas tudo isto não interessa nem à minhoca da couve, porque ninguém sente os efeitos disso. Pelo menos até ontem. Ontem podemos todos assistir a um fenómeno que nos pode pôr a todos a pensar com preocupação pelo futuro. E porquê?
Porque ontem, precisamente ontem, deu o Sozinho Em Casa na televisão generalista. E como toda a gente sabe, o Sozinho em Casa é um filme que dá na televisão precisamente na época natalícia. Ora bem…estamos na Páscoa. Isto é um prenúncio.
Continuem a usar laca no o cabelo e a deitar as pilhas para o chão que qualquer dia começamos a ver andorinhas em Janeiro e a ter neve em Beja em Agosto.
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Já não tens é Co-incineração

No princípio (era o verbo, eu sei) eram as lixeiras…
Diz o pessoal do ambiente (que são rapazinhos para saberem disso mais do que eu, o que também não é dificil), e eu acredito, que a co-incineração é a melhor forma de tratar os resíduos tóxicos e perigosos. Mas ninguém quer a co-incineração. E ninguém a quer porque, para se incinerar alguma coisa, é preciso ter o que incinerar, e o que é para incinerar são os resíduos perigosos.
Cada vez que se fala em resíduos perigosos, a nossa mente faz logo umas ligações manhosas, que no fim acaba a apontar para Chernobyl. E como co-incineração é sinónimo de Chernobyl e ninguém gosta de Godzillas, o pessoal dispensa a co-incineração.
Diz o pessoal do ambiente (que são rapazinhos para saberem disso mais do que eu, o que também não é dificil), e eu acredito, que a co-incineração é a melhor forma de tratar os resíduos tóxicos e perigosos. Mas ninguém quer a co-incineração. E ninguém a quer porque, para se incinerar alguma coisa, é preciso ter o que incinerar, e o que é para incinerar são os resíduos perigosos.
Cada vez que se fala em resíduos perigosos, a nossa mente faz logo umas ligações manhosas, que no fim acaba a apontar para Chernobyl. E como co-incineração é sinónimo de Chernobyl e ninguém gosta de Godzillas, o pessoal dispensa a co-incineração.

E qual será a alternativa à co-incineração? Ninguém sabe responder muito bem à pergunta, e como tal, deixa-se ficar tudo como está. E como está, dizem os senhores do ambiente, está mal. Mas como o que os olhos não vêem o coração não sente, passa a estar tudo bem. Porque no fundo, ninguém está contra a co-incineração. O problema é o “not in my backyard”.
Ora, a co-incineração só pode ser feita nas cimenteiras, para aproveitar os fornos que vão fritar os bichinhos todos. Como tal, não restam assim tantas opções para fazer a co-incineração. E as populações que se queixam de ter a co-incineração à porta de casa, não se podem esquecer que antes de se lá fazer a co-incineração, já lá estava a cimenteira, e os filtros das chaminés e essas coisinhas todas que protegem as pessoas da poluição e lhe minimizam os efeitos não foram inventadas no tempo dos dinossauros. Podem dormir descansados, que se tivesse de haver algum Godzilla, este já estaria vivo há algum tempo, e não há-de ser por causa da co-incineração que vai passar a existir.
Portanto, e como diz o homem da capital das aldeias da beira, “don´t be such a pussy” e deixem de reclamar, que, mais dia, menos dia, vão mesmo ter a co-incineração à beira do quintal lá de casa. E pior do que o que estão agora não hão-de ficar.
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