Em 1979, os UHF cantavam isto:
Vivo deste lado do rio,
deste lado do rio cheira mal,
cheira quente, cheira podre, cheira a enxofre.
Há ferrugem nas flores do meu quintal.
Cresci deste lado do rio
do lado onde a agua se cala
onde o silencio magoa as figuras
que arrastam os ossos para casa
Cheira mal, cheira mal
deste lado do rio
cheira mal onde eu vivo – cheira, cheira!
Sim, o António Manuel Ribeiro está a falar da margem Sul.
A margem Sul é um deserto, já dizia o Sr. Ministro. Até pode nem ser um deserto, mas que aquilo é mau, é. A margem sul é onde existe maior desemprego, a margem sul é onde existe maior criminalidade.
Foi na margem sul que desapareceu a Maddie. Os assaltantes do BES, viviam na margem Sul. Foi na margem sul que venderam a filha da Leonor Cipriano. Foi na margem sul que roubaram uma carrinha da Prosegur, em plena auto-estrada com recurso a explosivos. Isto é que é boa vizinhança.
Agora falam do bairro da Bela Vista, em Setúbal. Parece que volta não volta a esquadra da polícia desse bairro é atacada. Há desacatos constantes, queimam o que há para queimar nas ruas e depois ainda dão porrada aos bombeiros. Coisas menores, portanto.
Há uns tempos, Luís Filipe Meneses referiu-se ao pessoal apoiante do Durão Barroso como “sulistas, elitistas e liberais”. Depreende-se assim que ser do sul não é nada bom. Deve ser por isso que a ligação entre as margens é feita apenas por um par de pontes e meia dúzia de cacilheiros. Talvez seja melhor assim, para efeitos de segurança.
E assim, o povo do sul continua esquecido e abandonado, do outro lado do rio. Uma espécie de Guantanamo, mas sem muros e grades. Ao que parece, na margem Sul é tudo tão mau, e é tão má frequentada, que até o Cristo-Rei lhe virou as costas.
Vivo deste lado do rio,
deste lado do rio cheira mal,
cheira quente, cheira podre, cheira a enxofre.
Há ferrugem nas flores do meu quintal.
Cresci deste lado do rio
do lado onde a agua se cala
onde o silencio magoa as figuras
que arrastam os ossos para casa
Cheira mal, cheira mal
deste lado do rio
cheira mal onde eu vivo – cheira, cheira!
Sim, o António Manuel Ribeiro está a falar da margem Sul.
A margem Sul é um deserto, já dizia o Sr. Ministro. Até pode nem ser um deserto, mas que aquilo é mau, é. A margem sul é onde existe maior desemprego, a margem sul é onde existe maior criminalidade.
Foi na margem sul que desapareceu a Maddie. Os assaltantes do BES, viviam na margem Sul. Foi na margem sul que venderam a filha da Leonor Cipriano. Foi na margem sul que roubaram uma carrinha da Prosegur, em plena auto-estrada com recurso a explosivos. Isto é que é boa vizinhança.
Agora falam do bairro da Bela Vista, em Setúbal. Parece que volta não volta a esquadra da polícia desse bairro é atacada. Há desacatos constantes, queimam o que há para queimar nas ruas e depois ainda dão porrada aos bombeiros. Coisas menores, portanto.
Há uns tempos, Luís Filipe Meneses referiu-se ao pessoal apoiante do Durão Barroso como “sulistas, elitistas e liberais”. Depreende-se assim que ser do sul não é nada bom. Deve ser por isso que a ligação entre as margens é feita apenas por um par de pontes e meia dúzia de cacilheiros. Talvez seja melhor assim, para efeitos de segurança.
E assim, o povo do sul continua esquecido e abandonado, do outro lado do rio. Uma espécie de Guantanamo, mas sem muros e grades. Ao que parece, na margem Sul é tudo tão mau, e é tão má frequentada, que até o Cristo-Rei lhe virou as costas.
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2 comentários:
E tu que nasceste na margem Sul..., lá te escapaste!!! Se não fosse vires para a margem esquerda... que seria de ti?! PARABÉNS, pá!
viva o salazar
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