Este querido mês de Agosto ficou marcado pela queda de parte de uma rocha na praia Maria Luísa em Albufeira. Nem os incêndios tiveram tanta projecção na televisão. Em termos de desgraças, a derrocada na praia bateu tudo.
Como em todas as tragédias, para serem tragédias, morrem sempre várias pessoas. É triste, mas acontece sempre. Outra coisa que acontece sempre, mas sempre, sem excepção, é o sobrevivente, que na hora exacta da catástrofe, se ausentou do local sem motivo aparente.
Ora, o sobrevivente, ao contrário do que se possa pensar, é sempre a mesma pessoa. É sempre o mesmo gajo que sai ileso dos grandes desastres que acontecem quer em Portugal, quer no resto do mundo.
Este sobrevivente, que não apanhou com um calhau de algumas toneladas em cima porque foi fazer, com diz o João Baião, um xixizinho à água no momento certo, foi, quase de certeza, o mesmo que espancou a mulher por esta se ter esquecido do passaporte quando se preparavam para embarcar para a Tailândia, livrando-se assim do tsunami que matou milhares de pessoas.
Foi também ele que, antes de sair do hotel em Nova Iorque para visitar a cidade, comeu uma ameixa que lhe deu a volta aos intestinos e teve de parar numa casa de banho do Mcdonalds para aliviar a tripa, escapando assim ao atentado das torres gémeas.
É ele a mesma pessoa que comprou um bilhete de Comboio para a estação de Atocha e foi parar a Badajoz porque a linha 2 ficava mais perto do bar da estação do que a linha 1.
Adivinhem lá que é que perdeu o avião que se despenhou ao largo do Brasil, só porque parou para comer a caminho do aeroporto e ficou a discutir o jogo Curitiba - Paraná e não abandonou a conversa até conseguir provar que o Ronaldinho Gaúcho nunca chegaria onde chegou se não tivesse sido recusado pelo Estrela da Amadora quando tinha 17 anos.
Mas este instinto de sobrevivência/ sorte, não vem só de agora. Foi este mesmo gajo que, no dia 25 de Abril de 1986, quando fazia um inter-rail pela Europa, foi detido em Chernobil e deportado para Portugal, porque disse, e passo a citar: “ O Gorbachev é que podia mandar umas ucranianas para Portugal”, facto que acabou por acontecer.
Mas este dom, que permite a este indivíduo fugir das calamidades, deve ter sido herdado, e quer-me até parecer que foi o bisavô deste sujeito que perdeu o bilhete para o Leonardo Di Caprio num jogo de cartas, deixando assim de embarcar no Titanic.
Como em todas as tragédias, para serem tragédias, morrem sempre várias pessoas. É triste, mas acontece sempre. Outra coisa que acontece sempre, mas sempre, sem excepção, é o sobrevivente, que na hora exacta da catástrofe, se ausentou do local sem motivo aparente.
Ora, o sobrevivente, ao contrário do que se possa pensar, é sempre a mesma pessoa. É sempre o mesmo gajo que sai ileso dos grandes desastres que acontecem quer em Portugal, quer no resto do mundo.
Este sobrevivente, que não apanhou com um calhau de algumas toneladas em cima porque foi fazer, com diz o João Baião, um xixizinho à água no momento certo, foi, quase de certeza, o mesmo que espancou a mulher por esta se ter esquecido do passaporte quando se preparavam para embarcar para a Tailândia, livrando-se assim do tsunami que matou milhares de pessoas.
Foi também ele que, antes de sair do hotel em Nova Iorque para visitar a cidade, comeu uma ameixa que lhe deu a volta aos intestinos e teve de parar numa casa de banho do Mcdonalds para aliviar a tripa, escapando assim ao atentado das torres gémeas.
É ele a mesma pessoa que comprou um bilhete de Comboio para a estação de Atocha e foi parar a Badajoz porque a linha 2 ficava mais perto do bar da estação do que a linha 1.
Adivinhem lá que é que perdeu o avião que se despenhou ao largo do Brasil, só porque parou para comer a caminho do aeroporto e ficou a discutir o jogo Curitiba - Paraná e não abandonou a conversa até conseguir provar que o Ronaldinho Gaúcho nunca chegaria onde chegou se não tivesse sido recusado pelo Estrela da Amadora quando tinha 17 anos.
Mas este instinto de sobrevivência/ sorte, não vem só de agora. Foi este mesmo gajo que, no dia 25 de Abril de 1986, quando fazia um inter-rail pela Europa, foi detido em Chernobil e deportado para Portugal, porque disse, e passo a citar: “ O Gorbachev é que podia mandar umas ucranianas para Portugal”, facto que acabou por acontecer.
Mas este dom, que permite a este indivíduo fugir das calamidades, deve ter sido herdado, e quer-me até parecer que foi o bisavô deste sujeito que perdeu o bilhete para o Leonardo Di Caprio num jogo de cartas, deixando assim de embarcar no Titanic.
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