Em vésperas de eleições, já com a perspectiva do barco afundar, jogaram-se as ultimas cartas. Numa dobragem de coluna vertebral de fazer inveja a qualquer ginasta olímpica proveniente da URSS, juntaram-se o Menezes e o pequeno Marques Mendes. Um a apoiar o outro. Tudo pelo partido, claro.
A memória pode ser uma coisa muito selectiva, mas não há nada como recordar o que se passou num passado não muito longínquo:
Na altura destas declarações, Marques Mendes era o presidente do PSD e Menezes o feroz oponente do baixinho. Tudo pelo partido, claro. De notar que Marques Mendes acabou por cair, houve eleições e numa manobra à lá Menezes, ele lá conseguiu chegar a líder (relembro aqui que na altura se falava que o Menezes e a sua entourage pagavam as cotas aos militantes que se disponibilizassem a votar nele). Ora, depois de derrubar Marques Mendes e finalmente chegar ao poleiro, Menezes....demitiu-se.
E é assim, depois de ter sido tão bem tratado por Menezes, Marques Mendes não resistiu ao apelo e lá foi ele apoiar o homem (Marques Mendes ganhou agora o lugar de novo menino bonito do comentário político nacional, granja respeito e influência).
As figuras mais influentes da nação são desta estirpe. Admira a alguém o estado das coisas?
A história da amizade do Menezes com o Aguiar Branco, que foi agora na lista de Menezes (como presidente da assembleia, julgo) também é divertida para além de ser curiosa. Mas fica para outra vez.
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