A malta resolveu indignar-se outra vez. Não por causa do sirespe ou do paiol de Tancos mas porque o cirurgião Gentil Martins disse umas coisas e o candidato autárquico André Ventura disse outras.
Quanto ao cirurgião:
Duas pessoas do mesmo sexo não podem amar-se?
Ouçam, é uma coisa simples: o mundo tinha acabado. Para que o mundo exista tem de haver homens e mulheres. Trato-os como a qualquer doente e estou-me nas tintas se são isto ou aquilo... Não vou tratar mal uma pessoa porque é homossexual, mas não aceito promovê-la. Se me perguntam se é correto? Acho que não. É uma anomalia, é um desvio da personalidade. Como os sadomasoquistas ou as pessoas que se mutilam.
Ouçam, é uma coisa simples: o mundo tinha acabado. Para que o mundo exista tem de haver homens e mulheres. Trato-os como a qualquer doente e estou-me nas tintas se são isto ou aquilo... Não vou tratar mal uma pessoa porque é homossexual, mas não aceito promovê-la. Se me perguntam se é correto? Acho que não. É uma anomalia, é um desvio da personalidade. Como os sadomasoquistas ou as pessoas que se mutilam.
Parece que o que está em causa será a definição de "anomalia", e ele acha que é anômalo um comportamento que na sua essência leva à extinção da espécie. Estará errado? Pelos vistos os indignados pensam que sim.
Quanto ao candidato:
A videovigilância vai resolver o problema dos bairros sociais?
Não
digo que vá resolver tudo, mas vai ajudar. Isto que vou dizer pode não
ser muito popular, mas é a verdade: temos tido uma excessiva tolerância
com alguns grupos e minorias étnicas. Não compreendo que haja pessoas à
espera de reabilitação nas suas habitações, quando algumas famílias, por
serem de etnia cigana, têm sempre a casa arranjada. Já para não falar
que ocupam espaços ilegalmente e ninguém faz nada. Quem tem de trabalhar
todos os dias para pagar as contas no final do mês olha para isto com
enorme perplexidade. Isto não é racismo nem xenofobia, é resolver um
problema que existe porque há minorias no nosso país que acham que estão
acima da lei.
Como é que se resolve este problema?Tratando de igual forma estas etnias e os restantes cidadãos. Se há pessoas a ocuparem ilegalmente fogos imobiliários que não lhes pertencem a Câmara tem de garantir que estes imóveis fiquem livres para quem efetivamente merece. Não podemos é ter casas ocupadas ilegalmente ao jeito dos anos 60 e 70. O poder político não pode ter receio.
Parece que o que está a levantar os animos é a parte azul do texto, em que ele refere um problema que existe e atribui a causa de alguns casos à etnia das pessoas. Vamos imaginar que não eram ciganos: alguém se indignaria?