quarta-feira, 6 de junho de 2018

Aposta na formação a qualquer custo

Não. A capacidade produtiva do Seixal já provou ter alguma qualidade, mas a grosso modo não aquela necessária a permitir a entrada de juniores na equipa principal. Hoje pode-se olhar para trás e perceber que as grandes bandeiras da formação benfiquista são o Bernardo Silva e o Gonçalo Guedes. Destes, o Benfica só soube aproveitar o segundo, o que é manifestamente pouco e demonstrativo de alguma incompetência na avaliação do craque. Mas de resto, o melhor que de lá tem saído são jogadores de qualidade acima da média mas a necessitar de períodos de maturação mais longos e cuja integração no plantel principal só serve para atrasar o desenvolvimento dos próprios jogadores. A teoria é a seguinte: ou sai da formação preparado para se aguentar a titular uma dúzia de jogos sem comprometer a equipa ou tem que sair pelo melhor negócio possível, seja ele empréstimo ou venda definitiva.

Aparecem agora notícias a dizer que o Diogo Gonçalves e o João Carvalho poderão sair. Estes jogadores, apesar de serem acima da média e pelo menos no caso do Diogo Gonçalves haver uma atitude competitiva enorme, foram-lhes dadas as oportunidades na equipa principal adequadas, mas não provaram que poderiam ser solução imediata. Percebe-se que poderão vir a ser grandes jogadores, mas também poderão vir a não ser...deve o Benfica pagar para ver? Não. Nestes casos, o melhor é vender o jogador e deixá-lo ir à sua vida, evitando empréstimo atrás de empréstimo de forma a que outros clubes possam adquiri-los para os seus quadros e valorizá-los como seus. Se o jogador de facto vier a ser realmente bom, o Benfica haverá de o comprar outra vez. Ou então ele valerá mais do que o Benfica poderá pagar e vai para outro clube qualquer. Bom para o jogador e bom para o futebol. O Benfica só tem de garantir que os que lá ficam são melhores no imediato do que os que deixa sair.

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