Episódios de uma novela demasiado previsível

Parece que a batalha acabou e o partido do Doors ganhou ao país como, de resto, se havia previsto anteriormente. Ora recuperemos a história:

No dia 16 de Abril deu-se conta aqui do primeiro ataque homem a homem na luta pelo tacho apetecível. Apetecivel agora claro, porque há meia dúzia de meses ninguém lhe ligava muito porque não havia dinheiro para esbanjar e o lugar dava trabalho e não dava votos. Publicou-se isto:

Qual Matrix a desviar-se de todas as balas disparadas sobre si, ainda contra ataca cheio de pinta. Incha, Pires de Lima.

Álvaro desviou-se bem da bala, mas o plano implicava ataques em várias frentes e com diferentes protagonistas. A 21 de Maio cheirou-me que havia por aí uma estratégia de assalto ao poder muito maior do que o pensado anteriormente mas ligeiramente ao lado. Publicou-se isto:

Aqui há umas semanas foi Pires de Lima a meter-se com o Álvaro, com uma voz de oposição de fazer inveja ao shôtôr Seguro. Agora vem Wolf Xavier aclamar o mais melhor comentador feroz da actualidade e mostrar os dentes a Steps Rabbit. Assim de repente até parece que o governo inteiro vai cair, mas metade dele só muda de parceiro de governação. 

 A 5 de Julho foi só necessário juntar as pecinhas. Foi tudo contado aqui, num blogue de merda que foi capaz de prever uma remodelação, ou assalto, como preferir o interpretador, num exercicio de previsão de fazer inveja ao prof. Marcelo e àquela bruxa da bola de cristal que aparecia no Dragon Ball. Foi publicado isto:

Parece que finalmente, e depois de inúmeras tentativas, tendo ele próprio de cometer suicídio político, o que não deixa de ser romântico, pôr os interesses do partido à frente dos dele próprio (que lhe será pago concerteza) Portas vai conseguir a pasta da Economia. O pelouro dele nos Negócios Estrangeiros (que não serviu para mais do que a continuidade da visita às feiras, mas em internacional) vai agora ser ocupado por um PSD, o que vai fazer com que obrigatoriamente haja uma substituição de um ministro que não seja CDS por um que seja CDS. Adeus Álvaro, este jogo já era. Curioso que pasta da Economia passe a ser apetecivel precisamente no tal "momento do investimento". Quando era para receber sindicatos e fazer acordos nos transportes e tentar sacar algum às PPP ninguém parecia interessado. Ridículo.

E foi assim que o CDS de Doors conseguiu a pasta da Economia precisamente quando se espera luz verde para o tal "momento do investimento" numa história macabra de que nem os personagens do Pêndulo de  Foucault de Umberto Eco se lembrariam. Que o futuro seja melhor do que a previsão é o que se quer. Meia bola e força. Grande abraço Álvaro!