O presidente não executivo do Banif e antigo
ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de José Sócrates, Luís
Amado, afirmou hoje que Portugal é um dos poucos países europeus que
conta com "forças revolucionárias" no Parlamento.
"Não nos podemos esquecer que nós temos no Parlamento
forças revolucionárias", afirmou o socialista numa conferência promovida
em Lisboa pela consultora A.T. Kearney, especificando que se referia à
"extrema-esquerda parlamentar".
Luís Amado procurava justificar as cautelas que o
Partido Socialista, o maior partido da oposição, tem que ter em termos
de posicionamento político, tendo realçado que Portugal é dos poucos
países europeus que conta com esse tipo de partidos com representação
parlamentar.
O político e gestor disse que, caso tivesse sido
encontrada logo em 2009 uma "fórmula de grande coligação" seria mais
fácil gerir, do ponto de vista governamental, a gestão das expectativas
dos eleitores, por um lado, e dos credores, por outro, considerando que a
mesma é "incompatível".
Isto, porque, "a maioria [parlamentar] preocupa-se com os credores e a oposição com os eleitores".
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