sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Baile


Já a muito tempo que dedico algum espaço de interacção dos meus dois neurónios para reflectir sobre o caso da música ligeira portuguesa. Quem me conhece e não é fácil conhecer-me pois existem poucas pessoas chamadas Ashirvad (è este o meu novo nick) saberá certamente que eu sou um acérrimo defensor da música Pimba. Eu cá gosto deste tipo de música. É uma musica que em nada ofende e preza sobretudo pelo bom humor português. De Quim Barreiros a Ágata, de José Malhoa a Ruth Marlene ou Claudisabel são muitos os nomes que poderia citar. O mais incrível que se passa hoje em dia é o regozijo das pessoas para com o desgosto dessa mesma música. Sempre que se refere o pimba é conotado com uma significância negativa. A minha experiência enquanto beirão(árabe) permite -me dizer que a pessoas falam só da boca para fora tal com comprova a minha última semana de alcoolemia e boa vida senão vejamos. No domingo desloquei-me a um local de convívio onde a main athraction é propriamente o baile, mas essa infraestrutura que outrora era parte da nossa cultura agora alberga grupos que entre uma e outra música lá vão tocando músicas que me agradam (subtenda-se "musica de baile" á antiga). Hoje não se pode nem sequer aplicar a designação Grupo de Baile porque a música de baile representa 1/4 do repotório que estes apresentam. No entanto as pessoa assim que se apercebem da chegada de uma musica de um dos determinados artistas Pimbas desloca-se instantaneamente para o Dancefloor exibir os seus dotes de dançarino enquanto aproveita para se chegar ao elemento oposto. É uma espécie de galanteio ao sexo oposto, uma dança de corte que já deu lugar a muitos casamentos e filhos. Tenho a certeza que muitos dos que lêem este blogue foram feitos a ouvir qualquer dos artistas que propalam estas músicas ( não deve ter sido com Amália Rodrigues). O meu outro exemplo prático foi verificado na quarta feira, estava eu comendo castanhas(daquelas que são alimento). A música que tocava era daquela dos Pun Pun e fazia-se ouvir a altos berros. O ambiente esse era gélido mais ou menos parecido com aquele que se regista nos filmes do far west apenas faltando as bolas de palha percorrendo o chão. E de repente o idiota do Dj lá se recorre de alguns dos sucessos do artistas do ramo e pum fez-se o chocapic!! Lá veio a alegria e assim exponencialmente a animação da plateia. E é assim a música pode ser vazia de conteúdo pode ser o que quiser mas estará sempre no coração do pessoal PT. Portanto eu gostaria de ver as pessoas dizer que gostam de música pimba sem preconceito e que esta faz parte integrante da cultura portuguesa tal como a malandrice e desenrascanço.
Este é o portugal dos Quim's dos Tóni's das Claudia's dos Marco Paulo's e temos orgulho nisso.

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