quinta-feira, 7 de junho de 2018

descongelamento e progressões de carreiras dos professores

Tem havido grande algazarra entre os professores para virem a ser aumentados tendo como base os anos de serviço, coisa que aparentemente foi congelada para toda a função pública e agora descongelada para todos menos para os professores. Descriminação! gritam eles e com razão, mas....

"Em 2017, dos mais de 90 mil alunos que realizaram as provas de aferição de História e Geografia do 2.º ciclo, 45% não conseguiram localizar Portugal continental em relação ao continente europeu utilizando os pontos colaterais da rosa-dos-ventos, revela o “Diário de Notícias” esta terça-feira." diz o Expresso. 

Acredito que os bons professores leiam esta notícia com desagrado e até um pouco de vergonha, porque não se pode desresponsabilizar a classe por resultados destes, mesmo não sendo os professores os únicos culpados. 

Assim, é fácil perceber que progressões automáticas para todos baseando-se apenas nos anos de serviço demonstra quão errada é, ou era, o requisito para subir o ordenado.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Aposta na formação a qualquer custo

Não. A capacidade produtiva do Seixal já provou ter alguma qualidade, mas a grosso modo não aquela necessária a permitir a entrada de juniores na equipa principal. Hoje pode-se olhar para trás e perceber que as grandes bandeiras da formação benfiquista são o Bernardo Silva e o Gonçalo Guedes. Destes, o Benfica só soube aproveitar o segundo, o que é manifestamente pouco e demonstrativo de alguma incompetência na avaliação do craque. Mas de resto, o melhor que de lá tem saído são jogadores de qualidade acima da média mas a necessitar de períodos de maturação mais longos e cuja integração no plantel principal só serve para atrasar o desenvolvimento dos próprios jogadores. A teoria é a seguinte: ou sai da formação preparado para se aguentar a titular uma dúzia de jogos sem comprometer a equipa ou tem que sair pelo melhor negócio possível, seja ele empréstimo ou venda definitiva.

Aparecem agora notícias a dizer que o Diogo Gonçalves e o João Carvalho poderão sair. Estes jogadores, apesar de serem acima da média e pelo menos no caso do Diogo Gonçalves haver uma atitude competitiva enorme, foram-lhes dadas as oportunidades na equipa principal adequadas, mas não provaram que poderiam ser solução imediata. Percebe-se que poderão vir a ser grandes jogadores, mas também poderão vir a não ser...deve o Benfica pagar para ver? Não. Nestes casos, o melhor é vender o jogador e deixá-lo ir à sua vida, evitando empréstimo atrás de empréstimo de forma a que outros clubes possam adquiri-los para os seus quadros e valorizá-los como seus. Se o jogador de facto vier a ser realmente bom, o Benfica haverá de o comprar outra vez. Ou então ele valerá mais do que o Benfica poderá pagar e vai para outro clube qualquer. Bom para o jogador e bom para o futebol. O Benfica só tem de garantir que os que lá ficam são melhores no imediato do que os que deixa sair.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

o estatuto das claques

Hoje é notícia que a claque do Sporting foi de surpresa apoiar a equipa de hóquei em patins num treino de preparação para o embate com o Porto. Entraram no pavilhão a cantar e fizeram questão de explicar com uma tarja que se comportam dessa forma "quando os ultras se reveem na equipa".  Parece que se comportam assim, por oposição ao que fazem os auto proclamados "ultras" quando não se reveem na equipa: entrar no recinto de treino e espancar a equipa. Pelo menos os jogadores do hóquei andam equipados com um stick, o que daria muito jeito se os "ultras" não se estivessem a rever na equipa. 

Percebemos por estes meses que as claques têm um poder e acesso que nunca antes tiveram, ou que se o tinham não o abusavam. Não é preciso pensar muito para deduzir que o que aconteceu entretanto foi a tão aclamada "legalização das claques", que num programa de marketing espetacular levaram até à construção de uma claque, formada também por uns "ultras" que  foram apoiar a seleção nacional para o europeu de futebol na França e que, cereja no topo do bolo, a seleção ganhou, ajudando a validar a tal legalização dos "ultras". 

O lado escuro, o colateral, desse processo tem vindo a aparecer na praça pública sob a forma de atitudes e comportamentos marginais, com as claques a beneficiarem de um estatuto que antes não tinham e que agora usufruem. Eles já não são apenas adeptos mais zelosos. Eles sentem-se donos do clube e valem-se de violência, ameaça e impunidade para atingirem os seus fins. 

E quem criou este monstro foram as autoridades, que as legitimaram e lhes deram estatuto. Agora tirem-lha. Ou têm medo que os "ultras" não se revejam em vocês?
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