quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Álvaro


O Álvaro é o maior! Estava muito bem no Canadá, tinha um emprego (!), não vivia da política. Veio-se meter aqui no pântano para nos salvar. Primeiro convidou as pessoas a tratarem-no pelo....nome (!): Álvaro. Mas Álvaro só havia um, estrebucharam os comunistas e a esquerda correu toda a bater no homem: como se atrevia um ministro a querer ser chamado pelo nome? Uns tiram cursos ao domingo e outros fazem cursos sem frequência e cheios de equivalências para terem um título - e este que até dava aulas deitava o título para o lixo para ser chamado pelo nome. Escandaloso! Depois veio a história dos pasteis de nata: se uns exportam donuts porque raio nós não havíamos de exportar as natas? Nem que fossem só para os polícias europeus! Escândalo! Se já existem pasteis de nata há tanto tempo e se até já houveram pessoas a tentar exporta-los sem sucesso, como poderia o Álvaro ter uma ideia destas? Estava doido este ministro - "remodelável" passou a ser a sua alcunha, tudo para não chamarem o homem de Álvaro. Que confusão, então mas Álvaro não era o outro das sobrancelhas? (Agora que penso nisso, também não devem haver muitos Adolfes no mundo). E o Álvaro comia e calava: uma vez uma pessoa de meia idade - que é a idade em que uma pessoa devia ter juizo - atirou-se para cima do carro dele! e ele saiu do carro para falar com a pessoa! Escândalo! Diálogos com pessoas é coisa do povo. Um ministro nunca! Ólhá pose óh Álvaro! E quando o ministério dele conseguia alguma coisa de bom? Quem ia à tv dar a boa nova? pois não era o ministro, não - era o secretário de estado. Vem este lá do Canadá para ser chamado pelo nome, ter ideias, falar com pessoas e nem sequer aparece a gabar-se de um bom trabalho! Shame on you, Álvaro! 

Até que lhe deram o palanque. Soltaram o homem para finalmente se poder defender. Começou no parlamento a calar a cassete do partido do suposto único Álvaro, enfiou o líder(?) da bancada do pê ésse num bolso e passou no mini mercado do bairro para comprar batatas para o jantar. Esta ultima parte estou a especular - se tivesse realmente sido verdade era outro escândalo com certeza. E agora aí está o Álvaro, o "remodelável" que impede outros de o serem. Impediu um despedimento. Esperemos que lhe apanhe o jeito e assim continue.

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