sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Fecho de Mercado - Benfica

O plantel está fechado e é com estes que vamos à luta.

Na baliza o imperador continua com mais ou menos aptidão física mas com faculdades técnicas que ainda são de topo, vai concorrer com o jovem Varela, que formado no Benfica fez o percurso de empréstimos e cedências a outros clubes tal como nos casos recentes de Oblak e Ederson - Varela parece ser inferior tecnicamente mas veremos se aprenderá mais mais rápido. 

Na lateral direita a saída do Semedo foi acautelada com mais antecedencia com a aposta no regresso do jovem que estava na Sampdória. Ficou meia época a prender e quando foi lançado para assumir o lugar não correspondeu, a ponto do Buta da equipa B parecer ser melhor que ele. Ora bem, entre o deve e o haver nem um nem outro conseguiram impor-se e foi-se buscar um flop do Barcelona a ver se pega - só tem de ser de ser melhor do que o Buta e o Pedro Pereira e isso não parece ser difícil.

Na lateral esquerda tudo como dantes. Grimaldo lesionado constantemente e Eliseu para preencher o lugar. Serve, e atendendo às características dos laterais todos, uma combinação Eliseu/Douglas e Grimaldo/Almeida é bem mais homogénea que Eliseu/Almeida. 

Nos centrais, saiu o Lindelof e ficou a mobilia da casa com Lisandro Lópes e Jardel a competirem pelo lugar ao lado do Luisão. Acho que é senso comum que Jardel seria o titular e seria de confiança mas...Jardel devido ao seu físico depende muito de uma forma contínua, de jogar vários jogos seguidos. Se esta lesão com que se encontra agora acontecer mais vezes, ele vai ter muitas dificuldades e não vai ser um ponto fraco na defesa. E Lisandro já está visto que não é jogador para o Benfica - tanto faz um desarme excelente como expõe a defesa imbecilmente com a mesma facilidade. Se Jardel não estiver em condições físicas a equipa vai ter dificuldades. Os responsáveis devem ter pesado estas coisas e não quiseram investir num central titular de qualidade por isso admito que esta lesão do Jardel seja pontual. - os centrais da equipa B estão fora do baralho das apostas.

Para o lugar do trinco manteve-se tudo na mesma. Fejsa será titular indiscutivel enquanto estiver bem das pernas. Quando não estiver...O Benfica aposta no Samaris e no Filipe Augusto para o substituirem mas têm um problema similar ao do lugar do Jardel. Nem Samaris nem Filipe Augusto conseguirão substituir Fejsa com a mesma qualidade. No jogo contra o Rio Ave viu-se isso mesmo. Fez-me lembrar um jogo há uns anos em Guimarães em que o Javi Garcia não pode jogar. Na altura, Matic era a sombra dele e assumiu o lugar. Matic naquela altura ainda não tinha conhecimentos para assumir o lugar da mesma forma que Javi Garcia. Depois fez-se mas quando ele se fez já tinhamos perdido pontos. Samaris, pese a sua boa vontade já se viu que não é homem para aquele lugar específico e Filipe Augusto hoje também não é, se vai ser um dia é uma incógnita, mas o lugar poderia e deveria ter sido acautelado com uma nova contratação.

No outro lugar do meio Pizzi tem assumido e o Chrien parece ser bom para o substituir, embora me pareça que na indisponibilidade do Pizzi Samaris ou Filipe Augusto podem assumir o lugar sem comprometer tanto como no lugar do Fejsa.

Na direita do meio campo o Salvio será titular absoluto como já nos habituou. Acho que sem Semedo ele até vai jogar melhor porque não vai ter de jogar pelo meio, coisa que ele nunca soube fazer. Colado à linha é o habitat natural dele e aparecer nas costas da defesa para marcar os golitos do costume vai ser o esperado. 

Queria falar do Rafa - Parece-me que foi a maior aposta falhada dos últimos tempos, não por não ter qualidade técnica, que tem e muita, mas porque não tem força mental. Não assume o jogo, joga com medo (parece o defesa direito que veio da Sampdória) e para um jogador que já não é novo e vai para a segunda época no Benfica não é admissivel. Nem se falou na possibilidade de propostas de transferência e isso diz muito de um jogador que foi campeão europeu e que passou no banco a maior parte da época.

Os outros extremos têm qualidade, Cervi e Zivkovic dão conta de uma posição, mas se tiverem de jogar os dois ao mesmo tempo o Benfica perde a intensidade que um Sálvio dá. Krovinovic nunca vi jogar mas parece que o Diogo Gonçalves poderá ter uma oportunidade por causa desse aspecto: intensidade (coisa que por exemplo o Gonçalo Guedes também dava e como vieram do mesmo sítio pode ser que se pegue!)

No ataque saiu Mitroglu e entrou Seferovic. Acho que a saída do Mitroglu foi um acto de gestão de recursos, não saiu por ser mau, saiu porque o Seferovic é mais novo e foi uma boa oportunidade de negócio. Acho que nas épocas passadas ter Mitroglu e Jiménez foi um luxo desportivamente mas caro financeiramente e o Seferovic deve ser mais barato e tem agarrado o lugar. Chegou o Gabigol mas parece ter sido só pela oportunidade de negócio barato que apareceu e que não parece vir acrescentar grande coisa à frente de ataque. Ouvi dizer que também pode jogar pela direita, se for um gajo tipo Gonçalo Guedes pode ser que pegue nas alas.

Resumindo: acho que realmente era necessário um trinco e o Benfica falhou nisso. No resto são opções que parecem aceitáveis.


quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Piada do João Quadros, Passos e Racistas

Cheio de medo dos indignados, aqui me confesso: eu ri-me da piada do João Quadros sobre o Passos Coelho. 

Mas explico: Eu realmente lembrei-me que a mulher do Passos andava a fazer tratamentos por causa do cancro e que tinha perdido o cabelo e associei o comentário da cabeça rapada. Só que nunca me tinha apercebido que a senhora é preta. Depois de ler várias coisas sobre a piada e o politicamente correcto e até os méritos da piada, li que, realmente, sendo a senhora preta e o Passos tendo casado com alguém de outra raça, faz com que a piada perca piada, pois um racista não ia fazer família com alguém de outra raça.

Mas depois fiquei a pensar: o facto de a malta achar que a piada não tem piada só porque a mulher do Passos é preta, não é racismo???

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Nicolau Santos, o Nuno Saraiva e o Sporting

Nicolau Santos, jornalista com responsabilidades no jornal Expresso que não abdica do seu lacinho e que em tempos foi humilhado por um freguês que se fez passar por alguém importante da ONU - e se tivesse vergonha no laço hoje já não era jornalista à conta desse episódio - tem escrito sobre o seu clube do laço, o Sporting.

Ora bem, Nicolau fez uma observação aos jogos do Sporting e concluiu no dia 27 de Julho:
- Sporting. Assim não vamos lá. Esqueçam, vamos ter mais um ano perdido 

Isto foi lido pelo director de comunicação sportinguista, Nuno Saraiva, que se apressou a responder no seu facebook:
- O diretor de comunicação do Sporting começa com um “concordamos em discordar” e diz lamentar a existência de “sportinguistas que preferem alimentar o ego com opinião publicada”.

No dia 7 de Agosto, após a vitória do Sporting nas Aves, fez mais uma crónica em que responde ao Nuno Saraiva ironizando e ridicularizando o mister Jesus:
Caro Nuno Saraiva,
Depois da nossa recente troca de pontos de vista, escrevo-te para reconhecer que tens toda a razão. Ainda agora começou o campeonato mas já se vê que temos equipa para sermos campeões. Melhor, vamos ser campeões, ponto final. Todos juntos conseguiremos esse objetivo.

E o fundamental para alcançar o troféu é termos um treinador como Jorge Jesus, com provas dadas há muitos e muitos anos, sobretudo em matéria de invenções. 
(...)
E zás, colocou a jogar uma equipa que nunca tinha jogado na pré-época. Ou melhor, parte da equipa. Podence, que era dado como titularíssimo, para jogar nas costas de Bas Dost, ficou no banco. Bruno Fernandes, que era dado como titularíssimo mas com Adrien no banco, jogou com Adrien, mas numa posição que nunca Jesus tinha testado na pré-época. E assim foi como se o Sporting desta vez não começasse só com dez: desta vez foi mesmo com nove, porque Bas Dost e Bruno Fernandes pareciam peixes fora de água.
(...)
Portanto, temos que o nosso Houdini das táticas deu um banho ao Ricardo Soares.
(...)
Agora estou muito expectante para o próximo jogo que penso que é contra o Setúbal. Suspeito que vai jogar o Bruno César a defesa direito (ele é sempre muito feliz com o Setúbal), o Doumbia ao meio e o Iuri Medeiros, se ainda não foi despachado, à esquerda. O José Couceiro que se cuide.
(...)
Ah, desta vez não foi preciso vídeo-árbitro. Ganhámos mesmo sem o VAR. Foi só preciso inventar uma tática nova. Ou uma equipa que nunca tinha jogado assim. Ou colocar o Bas Dost e o Bruno Fernandes sem bola que é para eles saberem que a vida não é fácil. Grande Jesus!

Mas eis que no dia 10 de Agosto, o Nicolau resolveu fazer o broche ao Saraiva que é como quem diz dar-lhe o prazer de falar mal do Benfica em vez de olhar para dentro de casa:
- E pouco depois Ricardo Horta faz o 3-2. Invalidado pelo fiscal de linha (?) ou pelo videoárbitro. Não se sabe. Mas a decisão é péssima. Erradíssima. Do lado de cá, o lado direito da defesa do Benfica, Seferovic vem pachorrentamente a avançar, colocando em jogo Ricardo Horta. Curiosamente, só vi o lance em que aparece Seferovic numa plano da televisão - nas outras, os realizadores optaram por um plano mais apertado, onde Seferovic já não se vê nos écrans – e assim, qualquer espectador que esteja a ver o jogo em casa, dirá sem hesitações que foi fora-de-jogo. Mas não foi.
Daí a pergunta: nos jogos em casa do Benfica, quem faz a realização? Quem disponibiliza as imagens ao videoárbitro? Quem as edita depois para as televisões? Como é que na TVI24 se via Seferovic e, por exemplo, na SIC, com o plano apertado, ele já não aparecia? Mistério! Queres ver que o videoárbitro também usa óculos encarnados?

Bem, depois daquele episódio com o gajo que se fez passar por alguém importante da ONU que o Nicolau levou à televisão só porque concordava com ele, a desonestidade intelectual do homem do laço não é surpreendente, mas já chega de atirar areia para os olhos das pessoas. Que escreva no facebook como o outro e deixe de poluir a comunicação social e o Expresso.

 


 



terça-feira, 18 de julho de 2017

Homossexuais, ciganos e os indignados

A malta resolveu indignar-se outra vez. Não por causa do sirespe ou do paiol de Tancos mas porque o cirurgião Gentil Martins disse umas coisas e o candidato autárquico André Ventura disse outras.

Quanto ao cirurgião: 

Duas pessoas do mesmo sexo não podem amar-se?
Ouçam, é uma coisa simples: o mundo tinha acabado. Para que o mundo exista tem de haver homens e mulheres. Trato-os como a qualquer doente e estou-me nas tintas se são isto ou aquilo... Não vou tratar mal uma pessoa porque é homossexual, mas não aceito promovê-la. Se me perguntam se é correto? Acho que não. É uma anomalia, é um desvio da personalidade. Como os sadomasoquistas ou as pessoas que se mutilam.

Parece que o que está em causa será a definição de "anomalia", e ele acha que é anômalo um comportamento que na sua essência leva à extinção da espécie. Estará errado? Pelos vistos os indignados pensam que sim.

Quanto ao candidato:

A videovigilância vai resolver o problema dos bairros sociais?
Não digo que vá resolver tudo, mas vai ajudar. Isto que vou dizer pode não ser muito popular, mas é a verdade: temos tido uma excessiva tolerância com alguns grupos e minorias étnicas. Não compreendo que haja pessoas à espera de reabilitação nas suas habitações, quando algumas famílias, por serem de etnia cigana, têm sempre a casa arranjada. Já para não falar que ocupam espaços ilegalmente e ninguém faz nada. Quem tem de trabalhar todos os dias para pagar as contas no final do mês olha para isto com enorme perplexidade. Isto não é racismo nem xenofobia, é resolver um problema que existe porque há minorias no nosso país que acham que estão acima da lei.
Como é que se resolve este problema?
Tratando de igual forma estas etnias e os restantes cidadãos. Se há pessoas a ocuparem ilegalmente fogos imobiliários que não lhes pertencem a Câmara tem de garantir que estes imóveis fiquem livres para quem efetivamente merece. Não podemos é ter casas ocupadas ilegalmente ao jeito dos anos 60 e 70. O poder político não pode ter receio.

Parece que o que está a levantar os animos é a parte azul do texto, em que ele refere um problema que existe e atribui a causa de alguns casos à etnia das pessoas. Vamos imaginar que não eram ciganos: alguém se indignaria?

terça-feira, 11 de julho de 2017

"os rostos do sistema são o Pinto da Costa e o major Valentim Loureiro"

Dias da Cunha disse qualquer coisa parecida com isso há uns anos atrás. Yada, yada, yada e deu no Apito Dourado. Um gajo atento que tenho assistido a Seinfeld sabe que ali o Yada, yada, yada também representa sexo - os chocolatinhos e o café com leite - mas não só. Não foi só por por oferecer prostitutas a árbitros em troca de favores no campo que se formou o tal Sistema. É claro que há coisas que são difíceis de provar mas não é difícil de perceber que para além do controlo dos árbitros também poderia haver controlo sobre clubes adversários, não que seja um controlo ilícito, mas que acontece com alçada da LPF ou FPF: o empréstimo de jogadores. 

Tem sido falado a propósito das compras por parte do Benfica de jogadores para empréstimo a outros clubes, como se o Benfica actuasse não como clube mas como intermediário, confundindo o papel do clube Benfica com o de agente de jogadores. Isto é prática comum entre os maiores clubes do futebol português - o FCP faz isso há anos -, que têm excendentes de matéria prima e canalizam-na para os outros clubes. Isto tanto acontece com os jogadores contratados como com os jogadores que vêm da formação dos próprios clubes - vide o Sporting o ano passado quando condicionou o Vitória de Setúbal ao retirar-lhes os jogadores a meio da época. 

Ora bem, isto acontece porque a Liga e a Federação o permitem. E é muito fácil, se não acabar, pelo menos condicionar esse tipo de comportamento e influências: Limite-se por lei os jogadores inscritos por clube - um clube não pode ter nos seus quadros cinco ou seis equipas de futebol. E, para minimizar o dobrar das regras, o clube tem de comprovar um orçamento na liga que preveja o pagamento dos salários dos jogadores que fazem parte dos seus quadros. (Actualmente existe uma lei que limita o número de jogadores emprestados a determinado clube, mas é facilmente contornado se o jogador for oficialmente dispensado, contratado por um outro clube, mas continuar a ser pago pelo clube de origem.)

Desta forma, a formação dos maiores clubes seria também afectada, já que para além de não lhe ser permitido ter jogadores da formação aos magotes, também lhes seria mais difícil garantir o seu crescimento noutros clubes e faze-los regressar mais tarde já mais maduros. Mas repare-se, Portugal não é só Benfica, Porto e Sporting. Isto só faria com que estes clubes fossem mais selectivos nas suas captações e pudessem deixar para outros clubes por Portugal fora a formação dos putos, que muitas vezes são retirados de casa dos pais para serem mandados para as grandes cidades e acabam por se perder. Portugal não é só Lisboa e Porto. 

A Liga tem de exercer o seu papel de regulador. Porque se não for para isso, para que existe?

ps: O caso dos vouchers também foi muito falado e nem sequer vale a pena discutir se um almoço e uma camisola podem ser considerados suborno. Mas, havendo essa suspeita, de que vale impor um limite de preço? é apenas populismo e não resolve coisa alguma. Se dar presentes a árbitros pode ser considerado suspeito, então acabe-se totalmente com essas prendinhas! e a quem mesmo assim for oferecido tem de reportar. Acabava-se o assunto e a palhaçada.



segunda-feira, 19 de junho de 2017

A Judite e os mortos

Às vezes a gente está tão perto da árvore que não vê a floresta. Em época de incêndios florestais vem a preceito a comparação. Vamos por assim dizer que o caso do grande incêndio é a floresta e o caso da Judite de Sousa é a árvore. 

Caso do grande incêndio (a floresta): Dezenas de mortos, falta de meios para acudir às populações, estratégias de combate deficientes, pessoas desviadas de carro para a morte...

Caso da Judite de Sousa (a árvore): Fez um directo para o telejornal em que apareciam cadáveres no fundo. 

Os mortos mostrados no directo da Judite são a consequência do grande incêndio! Da falta de meios para acudir às populações, das estratégias de combate deficientes, de pessoas aparentemente terem sido instruídas por autoridades a dirigirem-se por determinado caminho para dentro do fogo. Mas o que choca mesmo é o directo da Judite??

Nos últimos tempos foi-se enraizando uma cultura do politicamente correcto que só leva ao desvio de atenções, que enviesa as discussões, que altera prioridades e choca pelas razões erradas.

Infelizmente, a Judite de Sousa é directamente afectada por esse problema e duplamente. Aqui há tempos foi notícia por ter dito num programa de televisão ou de rádio que tinha presenciado uma chacina no Uganda e foi acusada de, sei lá, não ter chorado ao falar disso (!?) e chocou as pessoas que viram/ouviram. Agora é acusada de ter mostrado vítimas de um incêndio na televisão que chocou os espectadores. Ora, o que devia chocar as pessoas é a chacina no Uganda e não a quantidade de emoção com que a Judite falou dos mortos. O que devia chocar os espectadores é o incêndio e o que não foi feito para que tivesse tido as consequências nefastas que teve e não a Judite ter feito um directo com mortos no chão. A prioridade é discutir a floresta, não a árvore! Os factos tendem a ser mais importantes do que a apresentação dos factos.

O mesmo principio pode ser aplicado à Judite de Sousa: o importante é julga-la pela sua competência ou falta dela (o Medina Carreira que o diga) e não por episódios de falta de sentimentos ou emoções ou falta de gosto na escolha da cor do baton.



quarta-feira, 14 de junho de 2017

I play man, I play...

Kind of a Monster é um documentário patrocinado pelos Metallica sobre eles próprios. As filmagens decorriam quando, coincidência ou não, a banda teve um período cheio de interrogações, as coisas não fluíam, as prioridades não estavam bem definidas e as certezas sobre o futuro passaram a dúvidas. Coisas que acontecem tal e qual na vida real.

A série Billions acompanha um gestor de um fundo de alto risco e os seus problemas com a justiça - relações com Wall Street, relações com políticos e Donos Disto Tudo, informação privilegiada e os negócios do costume. O gestor é rico, tem casa de rico, tem mulher de rico e tem vida de rico. Mas os problemas com a justiça e os negócios errados afectam a vida pessoal causando um período cheio de interrogações - as coisas não fluíam, as prioridades não estavam bem definidas e as certezas sobre o futuro passaram a dúvidas. Coisas que acontecem tal e qual na vida real.


Tal como ficou registado em Kind of a Monster, os Metallica ultrapassaram os obstáculos dessa forma, just playing. O John Lennon, colega de profissão do James Hetfield também dizia que "life is what happens to you while you're busy making other plans". So, just play man...

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Champions League: campeões e derrotados por ano

Nas ultimas 5 finais a que foi, a Juventus perdeu-as todas. O Real Madrid apenas perdeu 3 finais da Liga dos Campeões em toda a sua história - para Benfica, Inter de Milão e Liverpool.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Benfica: a expectativa e a realidade das ultimas duas épocas

Voltando a julho de 2015: Jesus sairia do Benfica e era contratado pelo Sporting, o Benfica que tinha acabado de ganhar o campeonato ainda perderia o lateral direito titular para o Porto, que na segunda época de Lopetegui se reforçaria ainda com Casillas acabado de chegar do Real Madrid, o ferrari Imbula e Tello, promessa do Barcelona. A época 2015/2016 seria assim discutida entre Porto e Sporting, os favoritos a ganhar o título e que ainda ganharam a Supertaça à ex equipa de JJ. Se não fosse pelo Benfica, que ainda chegou aos quartos de final da Champions League e foi eliminado pelo Bayern de Guardiola. 

Previsão na luta pelo Campeonato: Porto vs Sporting     Campeão: Benfica
Previsão na luta pelo segundo lugar: Benfica                    Segundo: Sporting 

Julho de 2016: O Sporting, que competiu pelo campeonato com o Benfica na época anterior foi aclamado como vencedor "do merecimento" pela imprensa amiga e máquina de propaganda leonina. A época de 2016/2017 não haveria de fugir, o Porto estava de rastos e sem reforços que o fizessem sonhar e o Benfica tinha ganho o campeonato anterior por sorte. E arbitragens. O Sporting consegue manter a espinha dorsal da selecção que havia ganho o campeonato europeu e juntava-lhes o ex craque do Benfica Markovic e a promessa do Arsenal Joel Campbell. Em dezembro já tinha perdido o campeonato. O Porto de Espirito Santo conseguiu bater-se até ao fim com o Benfica.

Previsão na luta pelo Campeonato: Sporting                        Campeão: Benfica
Previsão na luta pelo segundo lugar: Benfica vs Porto         Segundo: Porto

 

sexta-feira, 5 de maio de 2017

quarta-feira, 29 de março de 2017

Olá Lisboa, autarquicas

As coisas não têm sido fáceis para Passos Coelho. Ganhou as eleições depois de governar na bancarrota e foi substituído pela geringonça unida de esquerda liderada pelo António Costa, ex número 2 de José Sócrates, o tal que havia provocado a bancarrota. Como uma desgraça nunca vem só, demora a vir o diabo como previra o Passos e as vitórias para inglês ver de que a geringonça se gaba deixam-no cada vez mais em piores lençóis. Esta é a altura propícia ao "kick him when his down", aproveitada logo dentro do partido pelo PSD-Lisboa que não se coibiu de contratar a voz mais visível contra o líder Passos - José Eduardo Martins - para fazer o programa para a Capital. Como se não bastasse o atrevimento do PSD-Lisboa, o próprio Eduardo Martins também não se fez rogado e aceitou - o que só lhe fica mal - sem vergonha nenhuma. Ficou a faltar o candidato.

Aproveitando a indefinição e a luta interna do ex parceiro de coligação, o CDS chegou a Cristas à frente e assumiu a luta ao Medina, ex número 2 de António Costa em Lisboa e de longe previsível vencedor das eleições que se avizinham. Encorralado, Passos escolheu não apoiar a candidata da direita e avançou com fabricação própria, Teresa Leal Coelho, para fazer frente a Medina e por arrasto à Cristas. 

No estado actual, é empiricamente aceite que o ex número 2 do ex número 2 de Sócrates - Medina - já ganhou as eleições e só é preciso ver por quantos é que a direita vai perder para medir o tamanho da derrota. Mas, e se...?

Medina parte para a corrida sendo o Internet Explorer da eleição: dominador, aclamado por todos e, principalmente, sem concorrência. Depois aparece a Assunção Cristas, o Mozzilla Firefox, que vai conquistando o seu lugar junto dos insatisfeitos e consegue superar a margem residual com que iniciou a contagem. E é aí que entra o Google Chrome: De surpresa, ninguém dá nada por ele e de repente...Era giro. Porque o Anthony Soprano é que era o chefe, mas o Silvio Dante não era anjinho nenhum.

terça-feira, 7 de março de 2017

O Benfica negócio

Aqui há dias houve mais uma entrevista do Presidente Vieira à televisão, neste caso do Correio da Manhã. Do Presidente há quem goste (pelo demonstrado nas eleições a clara maioria) e há quem não lhe aprecie o estilo. Quanto a resultados, aparentemente ninguém põe em causa o mérito, isto dentro da razoabilidade de num mercado concorrencial não se ter de ganhar todas as provas disputadas, pelo que o que foi conquistado nuns últimos anos tendo em conta o contexto e o histórico recente é bastante apreciável.

O modo como o Benfica é gerido actualmente é - como de resto tem de ser nesta sociedade moderna em que o romantismo ocupa um lugar igual ao percentual ocupado pelo capítulo de receitas de cotas de sócios - de cariz empresarial em que há receitas, custos, amortizações, dividas, juros em afins. Como de resto foi elogiado pelo ex administrador da SAD do FCPorto Angelino Caldeira, a estratégia que o Benfica tem aparenta ser a mais adequada ao mercado português - periférico, com pouco público (consumidores) e consequentemente com volume de receitas inferior.

Assim sendo, e não tendo argumentos para disputar mercados publicitários e de televisão com outros clubes europeus com os quais tem de (e consegue) competir desportivamente, a fonte de financiamento tem de ser focada nos jogadores. E isto significa tratá-los como bens, adquiri-los a preços baixos e vendê-los a preços altos e com alta rotatividade.

A tendência será os jogadores ficarem cada vez menos tempo no clube para que o seu preço possa pagar a estrutura e a chegada de outros jogadores que lhes ocupem o lugar ou pagar mais a outros para que fiquem mais tempo. Os jogadores mudam e o clube fica (e sustenta-se e prospera).

Posto isto, é justo dizer que os jogadores são o produto da nossa empresa e tal como os sapatos são o produto de alguma outra empresa ou os carros serão o produto de outra, é preciso po-los no mercado e vende-los. E como consegue uma empresa de sapatos vender o seu produto? Hoje, não basta ir a uma loja e esperar que o responsável faça uma encomenda: em empresas de dimensão que não lutem pelo mercado do bairro, tem de exportar, internacionalizar e fazer conhecer o produto lá fora. E por muita boa vontade que se tenha, mostrar os sapatos na televisão não faz o truque. Há milhares de sapatos a aparecerem na televisão - e a Liga dos Campeões tem muitos clubes com muitos jogadores bons como os nossos e até melhores. Agora, se eu conhecer um comercial que tenha boas relações com várias lojas pelo mundo fora, talvez os responsáveis por essas lojas estejam mais propensos a aceitar a sugestão do comercial e a encomendar os sapatos que eu produzo.

Não será justo que eu pague ao comercial o serviço de intermediação? Acho que sim. Para essas coisas é que existem os Jorge Mendes da vida. Ter um Jorge Mendes é um trunfo para o Benfica ganhar dinheiro e será sempre bom tê-lo enquanto valer o preço que cobra. Não é em regime de exclusividade, que nestas coisas é sempre bom não por os ovos todos no mesmo cesto e a concorrência é sempre proveitosa. 

O futebol funciona com dinheiro. A vida funciona com dinheiro. Como disse o Seinfeld, as pessoas não recusam dinheiro - é o que nos separa dos animais. Então, bola para a frente e penálti pró Porto.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Mário Centeno, o conquistador

Mário Centeno é aquele gajo que passou pela boazona na rua. Meteu conversa, deram os números de telemóvel um ao outro e nas mensagens que trocaram ele disse-lhe tudo o que ela queria ouvir a ver se a conseguia comer. Disse-lhe que a amava, que se casaria com ela e a faria a mulher mais feliz do mundo. Ela acreditou e quando deu conta acordou sozinha deitada nua na cama e o Mário já se tinha ido embora. Crente nas mensagens tão amorosas que o Mário lhe enviava foi-se deixando levar (para a cama). O Mário andava todo satisfeito até que a gaja começou a cobrar, a ligar lá para casa, a bater-lhe à porta e a queixar-se aos amigos. O Mário lamentou ter-lhe dado falsas esperanças mas que era muito jovem para assumir um compromisso tão sério e desmentiu as promessas, mas já nem queria saber do assunto porque até já tinha engatado outra.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O Dortmund foi à Luz e perdeu

O Tuchel diz que o resultado foi ridículo. Na opinião de alguns adeptos o Benfica ontem perdeu, tal foi a vergonha da exibição. Aparentemente o Dortmund está na moda e é escandaloso não ganhar os jogos todos mas o estádio na segunda circular ao qual os amarelos foram jogar ontem não foi o de Alvalade. 

O Benfica entrou bem na primeira parte assim como entrou bem na segunda. Se na primeira acabou por ser dominado, não foi uma coisa de nitidez tão absurda e para uma equipa que tem jogadores daquele nível não é de estranhar. Já na segunda, o Dortmund entrou a perder e foi buscar o golo que o Benfica tentou defender. Normal!

O Aubemiyyanng falhou um golo isolado na primeira parte numa jogada corrida - acontece!
O Abemiangyinn falhou um golo isolado na segunda parte - a acumulação é mais estranha mas foi uma bola que lhe foi parar aos pés vinda de um ressalto e em que não é certo que não estivesse adiantado face ao ultimo defesa.
O Aubbemyoong falhou um pénalti - uma terceira oportunidade na cara do guarda redes falhada já é uma aberração estatistica mas, o pénalti não foi para punir uma bola que ia entrar na baliza e que foi cortada com a mão, não foi para derrubar um jogador isolado frente à baliza. Foi um braço que ficou à solta num carrinho para impedir um cruzamento. E nem sequer foi de propósito!
Houve outra que o Ederson sacou num remate fora da área mas...a defesa foi de categoria porque a bola ressaltou num jogador à frente dele.

Resumindo, o Dortmund falhou uma única oportunidade flagrante criada (em que não precisou da tão aclamada sorte que o Benfica teve para resistir ao ataque dos alemães). O resto é o resto.

domingo, 29 de janeiro de 2017

os argelinos que fugiram do aeroporto de Lisboa e o minitério público

Coisas ridículas: desde os atentados do 9/11 a indústria da aviação sofreu muitas mudanças nos costumes de segurança, mas aparentemente essas modernices não chegaram a Portugal. Aqui, é possível não utilizar os corredores de segurança normais, escapulir-se para a pista e sair do aeroporto pulando a rede. O sistema é tão idiota que o ministério público não consegue enquadrar isto num qualquer crime. E a juíza limita-se a seguir o guião e absolver. Ninguém é chamado a prestar contas e está tudo bem, a incompetência vence. O outro dia vi o filme Law Abiding Citizen que aconselho aos responsáveis deste caso - quando as entidades competentes não conseguem promover a justiça, abre espaço aos malucos que a farão pelas próprias mãos. E nestes casos a coisa fica mais grave porque os incumpridores são estrangeiros - ainda há dias houve também o caso dos gémeos iraquianos filhos do embaixador. Depois anda tudo a lamentar-se que o mundo é horrível por os ingleses terem votado no brexit ou o Trump ter ganho as eleições.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Rui Rio, o pirómano que mete água

Rui Rio, que será irremediavelmente o nosso salvador, na tímida campanha que já começou a fazer, propôs criar mais uma sigla daquelas que denominam as várias taxas e impostos a pagar, dando-lhe o ónus de 'pagar os juros da dívida'. Na prática - a prática que é pagar impostos - nada muda, pois a soma dos valores representados por cada uma daquelas siglas será o mesmo. Mas na outra prática - a prática que é empranhar pelos ouvidos (que é a válida para ganhar ou perder eleições) - Rui Rio quer 'mais um' imposto. Essa é a diferença entre ganhar ou perder eleições, é a diferença entre ser Costa e ser Rio. Alguém lhe diga para deixar o orgulho de lado e tentar ganhar eleições. Depois pode voltar a ser sério.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Não perder com o Sporting de qq forma

É estranha a forma como varia a forma dos jogadores. Desculpai a forma como a palavra forma foi repetida na frase anterior daquela forma. Mas a forma da equipa também varia de forma algo estranha. A previsibilidade desses momentos de forma deve poder ser avaliada analisando as estatísticas individuais dos jogadores que se traduziram em momentos de forma da equipa. De forma mais simples eu fiz o meu trabalho de casa e fui ver quando é que o Benfica perdeu duas vezes seguidas em casa: aconteceu em 2008/2009 com o Quique Flores no comando. Não vamos voltar tão atrás. Descansai. No mínimo dos mínimos dá empate.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Representação democrática

É amplamente difundido que a democracia é o melhor sistema político que se conhece . Não o perfeito, mas o melhor - caramba, os EUA querem espalha-la pelo mundo. No entanto, a ideia do "um homem, um voto" ou "cada voto vale o mesmo"que suporta a teoria não passa de uma campanha de marketing que popularizou o sistema. E é absolutamente mentira. 

Tem sido noticiado que nas ultimas eleições americanas a candidata que perdeu as eleições teve mais 2 milhões de votos que o vencedor. Já há uns anos atrás, Bush também havia sido eleito com menos votos que o perdedor. E isso é possível nos EUA e, embora muito mais dificilmente também seria possível em Portugal (e não estou a falar da geringonça). Isto acontece porque o sistema implantado não é directo. Por exemplo em Portugal, o sistema directo é o que elege o Presidente da República. 

Quando é para eleger o governo, estamos a votar em Deputados que representam a vontade de um circulo eleitoral - uma região. O que leva a questionar como se calcula o número de deputados que cada circulo eleitoral tem direito a eleger, o que, no caso português só pode estar obsoleto porque em teoria tem a ver com a população de cada região, coisa que não tem sido actualizada se é que alguma vez já o foi. 

Chegados aqui, cada circulo eleitoral tendo direito a eleger um determinado número de deputados, essa selecção é feita utilizando o método de Hondt, que vai atribuindo a cada partido os deputados correspondentes. Vamos imaginar, num caso extremo, que um determinado circulo eleitoral tem direito a eleger apenas 1 deputado. Se o partido X tiver 5 milhões de votos e o partido Y tiver 4,9 milhões, o deputado eleito é o do partido X - e 4,9 milhões de votos iriam para o lixo. 

Para comparar o sistema português com o americano simplesmente, é imaginar que dentro de cada circulo eleitoral, não existe distribuição por método de Hondt. Por exemplo, a Guarda elege 4 deputados - se o PS tivesse 1000 votos, o PSD tivesse 999 o CDS tivesse 5, o BE 4 e a CDU 3, não existindo distribuição por método de Hondt os 4 deputados eleitos seriam todos do PS. Pelo método de Hondt iriam 2 para o PS e 2 para o PSD.

Podemos constatar assim que quando existem vários círculos eleitorais - regiões ou estados, uma distribuição pelo método de Hondt é, embora não fiel, uma representação mais aproximada da vontade dos eleitores. Eu não sei nem me apeteceu procurar porque é que os EUA têm esse sistema mas imagino que por se tratarem de Estados lhe dá uma maior legitimidade. 

A questão que se coloca na minha cabeça é, sendo Portugal do tamanho de um Estado Americano, qual a necessidade de estar repartido em vários círculos eleitorais em vez de ter uma lista única. O sistema Português está assente numa premissa que nunca existiu realmente, que é a tão famosa Regionalização. Não existindo Regionalização, não parece fazer sentido ter círculos eleitorais. Está visto que dividindo cada vez mais o país em vários círculos eleitorais, os pequenos partidos são eliminados mais facilmente, só elegendo deputados em círculos eleitorais com muitos deputados. Existindo lista única nacional, estes seriam os principais beneficiados. 

Talvez por isso as coisas na América se façam apenas com 2 partidos - porque não há espaço para os mais pequenos e há menos possibilidades para ajuntamentos pós eleições do tipo geringonça, já que essas alianças são feitas antes das eleições. 




sexta-feira, 28 de outubro de 2016

a peste grisalha, o crime e a indemnização

 PESTE GRISALHA

(Carta aberta a deputado do PSD)

Exmo. sr.

António Carlos Sousa Gomes da Silva Peixoto

Por tardio não peca.

Eu sou um trazedor da peste grisalha cuja endemia o seu partido se tem empenhado em expurgar, através do Ministério da Saúde e outros “valorosos” meios ao seu alcance, todavia algo tenho para lhe dizer.

A dimensão do nome que o titula como cidadão deve ser inversamente proporcional à inteligência – se ela existe – que o faz blaterar descarada e ostensivamente, composições sonoras que irritam os tímpanos do mais recatado português. (burro - sem inteligência)

Face às clavas da revolta que me flagelam, era motivo para isso, no entanto, vou fazer o possível para não atingir o cume da parvoíce que foi suplantado por si, como deputado do PSD e afecto à governação, sr. Carlos Peixoto, quando ao defecar que “a nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha”, se esqueceu do papel higiénico para limpar o estoma e de dois dedos de testa para aferir a sua inteligência. (parvo que fala merda)

A figura triste que fez, cuja imbecilidade latente o forçou à encenação de uma triste figura, certamente que para além de pouca educação e civismo que demonstrou, deve ter ciliciado bem as partes mais sensíveis de muitos portugueses, inclusivamente aqueles que deram origem à sua existência – se é que os conhece. Já me apraz pensar, caro sr., que também haja granjeado, porém à custa da peste grisalha, um oco canudo, segundo os cânones do método bolonhês. Só pode ter sido isso. (triste imbecil e mal educado)

Ainda estou para saber como é que um homolitus de tão refinado calibre conseguiu entrar no círculo governativo. Os “intelectuais” que o escolheram deviam andar atrapalhados no meio do deserto onde o sol torra, a sede aperta a miragem engana e até um dromedário parece gente. (dromedário)

É por isso que este país anda em crónica claudicação e por este andar, não tarda muito, ficará entrevado.

Sabe sr. Carlos Peixoto, quando uma pessoa que se preze está em posição cimeira, deve pensar, medir e pesar muito bem a massa específica das “sentenças”, ou dos grunhidos, – segundo a capacidade genética e intelectual de cada um – que vai bolçar cá para fora. É que, milhares pessoas de apurados sentidos não apreciam o cheiro pestilento do vomitado, como o sr. também sente um asco sem sentido e doentio, à peste grisalha. Pode estar errado, mas está no seu direito… ainda que torto. (porco - bolça grunhidos)

Pela parte que me toca, essa maleita não o deve molestar muito, porque já sou portador de uma tonsura bastante avantajada, no entanto, para que o sr. não venha a sofrer dessa moléstia, é meu desejo que não chegue a ser contaminado pelo vírus da peste grisalha e vá andando antes de atingir esse limite e ficar sujeito a ouvir bacoradas iguais ou de carácter mais acintoso do que aquelas que preteritamente narrou como um “grande”, porém falhado “artista”. (narra bacoradas)

E mais devo dizer-lhe: quando num cesto de maçãs uma está podre, essa deve ser banida, quando não, infecta as restantes; se isso não suceder, creio que o partido de que faz parte, o PSD, irá por certo sofrer graves consequências decorrentes da peste grisalha na época da colheita eleitoral. Pode contar comigo para a poda.(maçã podre)

Atentamente.

António Figueiredo e Silva

Coimbra, 28/04/2013


Compreende-se que a linha que separa a liberdade de expressão do crime deve ser coisa difícil de definir de forma bem vincada. Já a que separa a estupidez da urbanidade é relativamente mais clara. Quando a defesa a uma opinião é feita atacando o sujeito que a produz em vez da opinião em si, foge-se dos limites da civilidade. Isto só para dizer que um gajo deve ter o direito a ser estúpido livremente.
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